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Crea-SP visita instalações do acelerador de partículas Sirius

16 agosto 2019

A equipe de fiscalização do Crea-SP esteve no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron – Sirius, em Campinas, na sexta-feira, 9 de agosto. A visita técnica teve como objetivo conhecer as instalações de um dos mais modernos aceleradores de partículas do planeta e acompanhar uma equipe do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia – Confea que está percorrendo o país na preparação de um material contendo as principais obras e inovações da área tecnológica brasileira.

Integraram a delegação do Crea-SP a Eng. Maria Edith dos Santos, Superintendente de Fiscalização do Crea-SP; o Eng. Valdir Zarpelon e o Eng. Kledson Turra, Gerentes Regionais; Marcelo Paes Maciel, chefe da UGI Campinas; Luiz Gustavo Maion, chefe da UGI Jundiaí; e os agentes fiscais José Ribeiro de Abreu Filho e Luis Fernando Noveli Espíndola. A visita foi conduzida pelo Eng. Oscar Vigna, Coordenador das obras do Sirius.

O espaço foi construído, desde 2015, por meio de recursos do Governo Federal, e sua administração é responsabilidade do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais – CNPEM, uma Organização Social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – MCTIC.

Segundo o Eng. Vigna, o investimento no Sirius é estratégico não apenas para amparar pesquisas de ponta em diversas áreas do conhecimento, mas também para colocar o Brasil em posição de destaque perante a comunidade científica mundial. Saúde, energia e materiais, agricultura, meio ambiente e construção civil são alguns dos setores cujas inovações poderão ser estudadas e testadas no novo laboratório. O coordenador das obras do Sirius destacou que cerca de 90% dos materiais e produtos utilizados são de origem brasileira.

Os representantes do Conselho foram conduzidos por todo o laboratório, conheceram as características específicas de uma obra deste porte e receberam orientações a respeito do funcionamento dos aceleradores de partículas.

Sobre o Projeto Sirius

Sirius, a nova fonte de luz síncrotron brasileira, será a maior e mais complexa infraestrutura científica já construída no País e uma das primeiras fontes de luz síncrotron de 4ª geração do mundo. É planejada para colocar o Brasil na liderança mundial de produção de luz síncrotron e foi projetada para ter o maior brilho dentre todos os equipamentos na sua classe de energia.

Fontes de luz síncrotron constituem o exemplo mais sofisticado de infraestrutura de pesquisa aberta e multidisciplinar e é uma ferramenta-chave para a resolução de questões importantes para as comunidades acadêmica e industrial brasileiras. A versatilidade de uma fonte de luz síncrotron permite o desenvolvimento de pesquisas em áreas estratégicas, como energia, alimentação, meio ambiente, saúde, defesa e vários outros.

Essa é a razão pela qual a tecnologia da luz síncrotron se torna cada vez mais popular ao redor do mundo. É também o motivo pelo qual os países com economias fortes e baseadas em tecnologia já contam com uma ou mais fontes de luz síncrotron, ou as estão construindo.

O que é Luz Síncrotron?

A luz, ou radiação, síncrotron é um tipo de radiação eletromagnética que se estende por uma faixa ampla do espectro eletromagnético – luz infravermelha, ultravioleta e raios X. A luz síncrotron é produzida quando partículas carregadas, aceleradas a velocidades próximas à velocidade da luz, tem sua trajetória desviada por campos magnéticos. A Fonte de Luz Síncrotron é uma máquina de grande porte, capaz controlar o movimento dessas partículas carregadas, tipicamente elétrons, para produzir essa luz síncrotron.

Na agricultura, a luz síncrotron pode ser usada para análise do solo, para o desenvolvimento de fertilizantes mais eficientes e baratos e, ao mesmo tempo, menos agressivos ao meio ambiente e à saúde. Fontes de luz têm aplicação, também, no mapeamento da concentração, biodisponibilidade e localização de nutrientes em espécies vegetais.

Na área de energia, o uso de síncrotron permite o desenvolvimento de novas tecnologias de exploração de petróleo e gás natural, e no entendimento e desenvolvimento de materiais e sistemas para células solares, células combustível e baterias, bem como nas pesquisas de novos materiais mais leves e eficientes.

Na área da saúde, pesquisas feitas com síncrotron são fundamentais para identificação das estruturas de proteínas e unidades intracelulares complexas, etapa importante no desenvolvimento de novos medicamentos, assim como no desenvolvimento de nanopartículas para o diagnóstico de câncer e combate a vírus e bactérias.

Saiba mais em: https://www.lnls.cnpem.br/sirius/projeto-sirius/