Confea reforça agenda ambiental com aprovação de nova câmara do Crea-SP

A Comissão de Organização, Normas e Procedimentos (Conp) do Confea aprovou, nesta quinta-feira (25), durante a Sessão Plenária nº 1.723, a proposta do Crea-SP para a criação da Câmara Especializada de Engenharia Ambiental e Sanitária. A iniciativa segue o exemplo do Crea-PB, que instituiu o primeiro fórum do país em janeiro passado.

Com a aprovação, a partir de 2026 o plenário do Crea-SP contará com a participação de mais 272 representantes de entidades de classe e de instituições de ensino superior ligadas à Engenharia Ambiental e Sanitária. Com a ampliação da representatividade, espera-se atender com mais celeridade e eficiência a crescente demanda por análises técnicas de matérias da área.

O presidente do Confea destacou que a proposta é fruto de um trabalho construído ao longo dos anos, iniciado ainda em sua gestão à frente do Crea-SP. “É um passo de evolução e de debate amplo em um segmento que é extremamente importante”, pontuou Vinicius Marchese.

Os conselheiros federais reforçaram a relevância da criação da câmara. “Quanto mais engenharias representadas e com fiscalização ativa, mais forte estará nosso Conselho”, disse a coordenadora adjunta da Conp, Ana Adalgisa. “Parabenizo o Crea-SP pelo compromisso com o meio ambiente neste momento tão especial em que o Brasil está sendo o centro das atenções do mundo por conta da COP-30”, salientou Giucélia Figueiredo. O vice-presidente do Confea, Nielsen Christianni, também registrou seu reconhecimento: “Essa aprovação demonstra que este plenário tem sido reformista e alinhado às necessidades da nossa sociedade”.

Já o conselheiro Paulo Pinho aproveitou a ocasião para prestar condolências pela morte do arquiteto Kongjian Yu e dos documentaristas Luis Fernando Feres da Cunha Ferraz e Rubens Crispim Jr., que produziam um filme sobre o paisagista conhecido mundialmente pelo conceito das cidades-esponjas, uma solução para adaptar centros urbanos às mudanças climáticas. Os três, além de um piloto, morreram nesta terça-feira (23), após a queda de avião na zona rural de Aquidauana, no Pantanal de Mato Grosso do Sul.

“Esta manifestação tem a ver com o assunto que aprovamos agora”, observou Pinho, em fala apoiada pelo presidente Vinicius Marchese. “O arquiteto chinês Kongjian Yu é uma referência por criar praças, telhados e calçadas que são alagáveis propositalmente como solução para os desdobramentos das mudanças climáticas”, explicou a proposta de planejamento urbano ecológico que consiste em reter água da chuva em espaços, reduzindo enchentes e garantindo reserva hídrica para a época de estiagem. Marchese recordou ainda que o arquiteto, referência em infraestrutura resiliente, esteve recentemente em uma conferência em Brasília e definiu “o Brasil como a última esperança para o mundo, o último pedaço do jardim, o quintal de Deus, que deve ser cuidado, redesenhado e usado para curar o planeta”.

Julianna Curado
Equipe de Comunicação do Confea