Apoio Apoio Apoio

Matéria Técnica – A engenharia e a integração ESG ODS

13 agosto 2024

O protocolo Environmental, Social, and Governance (ESG) tem ganhado destaque globalmente como um conjunto de critérios que direcionam práticas sustentáveis e responsáveis em organizações privadas e órgãos públicos. Com a crescente pressão para que as organizações adotem práticas de sustentabilidade, a engenharia desempenha um papel vital no desenvolvimento e implementação de estratégias eficazes de ESG. A Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Pindamonhangaba acredita que os profissionais de engenharia podem impulsionar resultados positivos em iniciativas ESG.

“A engenharia sustentável está no centro das práticas de ESG, fornecendo soluções inovadoras que permitem às organizações reduzir seu impacto ambiental”, garante o Presidente da APEAAP, Engenheiro Mecânico e de Segurança do Trabalho, Emanuel Barreto Rios.

Neste ponto é importante destacar a integração do ESG com os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU, que é um processo que alinha as práticas de negócios com os objetivos globais de sustentabilidade. Esse alinhamento busca maximizar o impacto positivo das empresas e organizações na sociedade e no meio ambiente. 

Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável abrangem áreas como erradicação da pobreza, igualdade de gênero, ação climática, educação de qualidade, entre outros. As empresas podem alinhar suas estratégias de ESG com os ODS ao identificar quais objetivos são mais relevantes para o seu negócio e partes interessadas. Por exemplo, uma empresa focada em energia renovável pode se concentrar no ODS 7 (Energia Limpa e Acessível).

No Crea-SP, o assunto está presente internamente e na programação de eventos e conteúdos. Os ODS são conhecidos da autarquia, que se tornou signatária do Pacto Global da ONU em 2019. A partir deles, vieram os desdobramentos de ESG, direcionados aos profissionais, empresas, entidades de classe, instituições de ensino, estudantes ou à própria sociedade. “A distribuição maximiza o Conselho como fonte técnica ativa e atuante, já que estamos nesse meio entre o profissional e o mercado de trabalho, o especialista e os gestores públicos”, destaca a presidente Eng. Lígia Mackey.

“Tudo é considerado, não só a visão da pessoa que tem o capital”, explica a Geog. Rebecca Cavalcante, especialista convidada para inaugurar a Trilha de ESG do Crea-SP Capacita. Na aula, que está disponível na plataforma Crea Capacita para profissionais registrados no Conselho, ela conta que os Objetivos da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) estão mais relacionados ao longo prazo, com foco na sociedade. Enquanto isso, as práticas ESG são pensadas para espaços específicos, com propósitos mensuráveis que podem gerar dados para a administração.

Como funciona, por exemplo, dentro do CREA-SP!

Anualmente, o Crea-SP analisa os poluentes emitidos e acompanha o efeito de suas ações, como a adoção de medidas que reduzem os gases de efeito estufa gerados, passando pela troca da frota de veículos da capital para automóveis elétricos e híbridos; o sistema de climatização com uso de gás que não é tóxico; a captação e microgeração de energia fotovoltaica; a digitalização com migração de processos em papel para versões em ambiente eletrônico; a utilização de combustíveis não-fósseis; e a redução do uso de folhas em impressões e do consumo de descartáveis.

“Já as medidas de inclusão e diversidade entram na atuação do Comitê Gestor do Programa Mulher, da Comissão Especial de Igualdade de Gênero e Diversidade e da Comissão Permanente de Acessibilidade, que realizam eventos temáticos de conscientização e capacitação sobre essas frentes. A integração do Crea-SP com outros entes do poder público soma forças ao posicionamento de marca da autarquia, que busca viabilizar, por meio de parcerias e elaboração de relatórios técnicos, a base para projetos de promoção de cidades inteligentes e sustentáveis”, afirma o Conselho.

Por Fabricio Oliveira – MTB nº 57.421/SP

Fontes:

Site do CREA-SP

Relatórios da Global Reporting Initiative (GRI), Sustainability Accounting Standards Board (SASB) e Task Force on Climate-related Financial Disclosures (TCFD).