Naquele que foi considerado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) como o maior leilão de 5G do mundo, o Brasil definiu, no início de novembro, as empresas vencedoras para exploração e oferta da quinta geração da telefonia móvel. Com movimentação total de R$ 47,2 bilhões, a maior parte do montante será investido como contrapartida pelas operadoras de serviços de conectividade para melhorias na infraestrutura, modernização das tecnologias de redes e massificação do acesso a serviços de telecomunicações do País.
Na ocasião, foram vendidas faixas de radiofrequência de 700 MHz, 2,3 GHz, 26 GHz e 3,5 GHz. Com a disponibilização das bandas, a tecnologia 5G permite a ampliação da velocidade da conexão móvel e reduz a latência, o que garante conexão segura e estável. “Este cenário é extremamente favorável ao Brasil, pois teremos a disponibilização de novos serviços em todas as áreas da indústria, saúde, agricultura, produção e difusão de conteúdos”, avalia o presidente do Crea-SP, Eng. Vinicius Marchese.
Para o presidente, com o 5G, o País potencializará sua atuação no mercado mundial, com avanços significativos em frentes diversificadas: “Do canteiro das obras, que poderá contar com monitoramento em tempo real, à produção de alimentos, o Brasil terá a oportunidade de despontar como uma grande referência, com mais tecnologia agregada aos nossos produtos”, acrescenta.
Com o leilão, as operadoras terão que cumprir uma série de compromissos, como a obrigação de investimentos com tecnologia 4G ou superior em áreas sem cobertura e atendimento com tecnologia 5G para os municípios com mais de 30 mil habitantes. Antes de 31 de julho de 2022, as vencedoras devem começar a oferecer o 5G para as capitais e o Distrito Federal. Já a implementação para as demais cidades seguirá cronograma até 2029.
O edital também prevê recursos para a implantação de redes de transporte em fibra ótica na Região Norte e a construção da Rede Privativa de Comunicação da Administração Pública Federal. Há ainda destinação de recursos para projetos de conectividade de escolas públicas, o que viabilizará cobertura 5G para as escolas de educação básica do País.
“Teremos um salto gigantesco no processo de inovação do Brasil com o 5G e as profissões da área tecnológica possuem uma responsabilidade sem precedentes para a concretização desta nova realidade que se abre para a sociedade brasileira. Afinal, não se trata somente da velocidade de conexão, mas sim de utilizarmos aplicações de ponta, como a Internet das Coisas (IoT), que faz a conexão entre aparelhos com o controle de diversas atividades simultâneas”, complementa Marchese.
Com a comunicação entre eletrodomésticos, equipamentos, smartphones, roupas e automóveis, será possível, por exemplo, realizar procedimentos médicos à distância ou mesmo a direção automática de veículos e máquinas. “As tecnologias de automação e inteligência artificial são o futuro para o desenvolvimento das cidades brasileiras”, finaliza o presidente do Crea-SP.
Produção: CDI Comunicação Corporativa
Edição: Equipe de Comunicação Corporativa/GCE